O Camboja deve libertar Yorm Bopha, ativista do direito à moradia, afirmou a Anistia Internacional, que colocou em prática uma campanha mundial em favor de sua libertação apenas alguns dias antes da realização da audiência de apelação final da ativista ante o Tribunal Supremo, em 22 de novembro.

“Yorm Bopha é prisioneira de consciência, encarcerada exclusivamente por seu ativismo a favor dos direitos humanos. Deve ser libertada imediata e incondicionalmente”, afirmou Isabelle Arradon, diretora-adjunta do Programa da Anistia Internacional para a Ásia e Oceania.

“Milhares de membros e simpatizantes de nossa organização em todo o mundo estão agindo em favor de Yorm Bopha para pedir às autoridades cambojanas que a ponham finalmente em liberdade.”

Yorm Bopha, de 30 anos e com um filho, está na prisão desde setembro de 2012, data na qual foi detida acusada de planejar um assalto contra dois homens. Em dezembro desse ano foi declarada culpada de “atos deliberados de violência com agravantes” apesar de não haver provas contra ela e as declarações das testemunhas não coincidirem.

Em junho de 2013, o Tribunal de Apelação do Camboja ratificou a condenação a três anos de prisão com uma suspensão de um ano. Não está previsto que saia em liberdade até setembro de 2014.

“A falta de provas contra Yorm Bopha parece indicar que as autoridades agiram seletiva e injustamente contra ela”, disse Isabelle Arradon.

A Anistia Internacional considera que a verdadeira razão do encarceramento de Yorm Bopha é seu ativismo a favor dos direitos humanos. Defendia ativamente os direitos de sua comunidade no antigo assentamento do lago Boeung Kak, na capital, Phnom Penh, onde milhares de pessoas têm sido vítimas de remoção forçada desde 2007.

Ademais, encabeçou uma campanha para reclamar a libertação de 13 mulheres ativistas de sua comunidade que foram condenadas e encarceradas em maio de 2012 após participarem de um protesto pacífico.

“A Anistia Internacional defende os defensores e defensoras dos direitos humanos em todo o mundo. Seguiremos atuando intensamente sobre o caso de Yorm Bopha até que saia em liberdade sem condições e se reúna com sua família e sua comunidade”, assegurou Isabelle Arradon.

O caso de Yorm Bopha está entre os 12 casos selecionados para a campanha da Anistia Internacional “Escreva pelos direitos 2013”, o maior evento global de direitos humanos. A campanha continuará até meados de dezembro, e esperamos que gere mais de dois milhões de ações individuais.

Membros da organização em quase 40 países do mundo estão enviando apelos e reunindo milhares de assinaturas para enviar petições a favor da libertação de Yorm Bopha. Realizam atos e compartilham suas fotos e mensagens de apoio através da Internet para demonstrar sua solidariedade com a ativista do direito a moradia encarcerada.

Atue: Demonstre solidariedade a Yorm Bopha compartilhando uma foto sua segurando a mensagem “Free Yorm Bopha” e um flor, se possível. Envie a foto no corpo do e-mail para [email protected] e aparecerá em AmnestyInternational’s Flickr page

Exija a libertação de Yorm Bopha assinando nossa petição ao governo do Camboja.

Conscientize assistindo e compartilhando nosso vídeo (em inglês) sobre Yorm Bopha.

Outras informações (em inglês):

NeverForget Bopha !, entrevista com a família de Yorm Bopha’s da revista da Anistia Internacional WIRE

Cambodia: Jailed activist must be released, not forgotten, Comunicado à Imprensa

Cambodia: Release mother imprisoned for housing rights activism, Comunicado à Imprensa

Convictions of activists in Cambodia demonstrates dire state of justice, Comunicado à Imprensa

Cambodia: Imprisoned for speaking out: Update on Phnom Penh’s Boeung Kak Lake, Relatório.

Países onde nossos membros estão fazendo campanha para Yorm Bopha:

Austrália

Áustria

Brasil

Canadá

República Checa

Dinamarca

Finlândia

França

Gana

Grécia

Hong Kong

Finlândia

Irlanda

Itália

Japão

Mali

Mongólia

Nepal

Países Baixos

Nova Zelândia

Noruega

Filipinas

Polônia

Portugal

Porto Rico

Eslov áquia

Eslovênia

Coreia do Sul

Espanha

Suécia

Suíça

Taiwan

Tailândia

Togo

Tunísia

Ucrânia

Reino Unido

EUA