Ao condenar 25 policiais da Rota, tropa de elite da Policia Militar de São Paulo, a 624 anos de prisão pela morte de 52 detentos do terceiro pavilhão do presidio do Carandiru, em 1992, a Justiça brasileira dá um importante passo no enfrentamento à impunidade da violência policial.
Apesar de também defender a responsabilização das altas autoridades do Estado de São Paulo à época do massacre, como o governador e o secretário de segurança, a Anistia Internacional acredita que este resultado é um passo importante na garantia de justiça para as vítimas, seus familiares e sobreviventes do Carandiru.
O julgamento do massacre traz novamente à tona a cultura da execução extrajudicial que informa muitas das ações policiais. É um marco histórico na luta contra a impunidade de crimes cometidos por agentes do estado no momento em que o Brasil volta a discutir o papel da segurança pública na democracia e a necessidade de uma reforma ampla da polícia.
Anistia Internacional