A Anistia Internacional vê com preocupação o resultado do julgamento dos acusados de assassinar o casal de extrativistas José Claudio e Maria do Espírito Santo. É importante a condenação dos executores, mas a ausência de condenação de um mandante mantém a impunidade do crime. Mais grave ainda é o fato da sentença desmoralizar o trabalho e a atuação das vítimas, que acabaram culpabilizadas pelo agravamento do conflito.
A impunidade dos crimes cometidos contra defensores de direitos humanos fortalece a ação daqueles que agem fora da lei e contra a preservação dos bens naturais do país. E mantém a luta dos defensores e defensoras dos direitos humanos como uma atividade de alto risco, na qual agressões e ameaças buscam sempre silenciar sua voz.
A Anistia Internacional espera que as autoridades brasileiras reafirmem seu compromisso com a proteção dos defensores de direitos humanos e que reconheçam publicamente o valor da sua luta.
Anistia Internacional