A Anistia Internacional reitera a sua preocupação com a falta de preparo da Polícia Militar do Rio de Janeiro ao atuar durante os protestos e ao coibir ações que resultam em violência e depredação, como constatamos mais uma vez durante a noite de ontem nos bairros do Leblon e Ipanema, na zona Sul do Rio.

“A Anistia Internacional não defende a inação da polícia, mas critica a sua incapacidade de atuar de maneira a garantir a paz nas manifestações. Não podemos ficar diante de uma escolha entre extremos: ou repressão abusiva ou falta de ação”, afirma Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional Brasil.

Além de garantir a segurança dos manifestantes pacíficos durante os protestos, a polícia precisa identificar pontualmente quem são as pessoas que praticam saques, depredação de patrimônio e ações de violência contra os próprios policiais e utilizar a lei vigente no país para responsabilizar estes atos.

A Anistia Internacional reforça ainda o seu posicionamento contra o uso indiscriminado de armas menos letais e a perseguição de manifestantes pacíficos pela polícia, no momento de dispersão dos protestos, situação que tem se repetido durante as manifestações no Rio de Janeiro.