Antes do dia internacional de ação de hoje, marcando seu 300º dia atrás das grades, o presidente honorário da Anistia Internacional Turquia, Taner Kılıç, expressou seus sinceros agradecimentos a todas as pessoas que se solidarizaram.
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Em uma carta enviada da prisão de Şakran, em Izmir, onde está detido desde 9 de junho aguardando o resultado julgamento, Taner Kılıç escreve:
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“As fotografias tiradas das ações organizadas sob o sol quente, a chuva e o frio congelante me animaram e me lembraram da importância da solidariedade internacional na luta pelos direitos humanos.”
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Na carta, publicada hoje para fortalecer as ações de ativistas em mais de 40 países que exigem sua libertação, Taner Kılıç declara:
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“Na prisão, é fácil sentir que você está esquecido, até mesmo pelo mais próximos e queridos. Mas para mim, ao invés de ser esquecido, minha situação se tornou conhecida tanto na Turquia quanto em outros países… Eu gostaria de agradecer a todos que mostraram sua solidariedade: apoiadores e ativistas em todo o mundo. Vocês estarão sempre em minha mente e orações.”
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As ações em todo o mundo hoje incluirão uma ação de grafite na Bélgica, vigílias à luz de velas no Chile, o lançamento de centenas de balões na Suíça, sessão de fotos no Mali, protestos e vigílias em embaixadas turcas em diversos países.
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“Trezentos dias após a prisão de Taner sob falsas acusações, pessoas em todo o mundo estão se unindo para exigir o fim deste erro e a libertação imediata de Taner Kılıç”, afirmou Gauri van Gulik, diretora regional da Anistia Internacional na Europa. Nenhuma prova foi apresentada pela promotoria para comprovar as absurdas acusações contra Taner. Por incrível que pareça, ele é apenas um dos muitos em uma situação semelhante e é um símbolo poderoso do desmantelamento deliberado da sociedade civil durante a repressão”, conclui Gauri.
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Contexto
Taner, que se tornou o Presidente Honorário da Anistia Internacional Turquia no mês passado depois que seu mandato como presidente do conselho expirou, foi indiciado por suspeitas de “pertencer a uma organização terrorista”. A principal acusação é que ele baixou o ByLock, o aplicativo de mensagens que o estado diz ter sido usado pela Gülen, movimento que as autoridades turcas culpam pela tentativa de golpe de 2016.
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Após 300 dias, o Estado não forneceu nenhuma evidência confiável para fundamentar essa alegação. Na verdade, quatro relatórios forenses independentes descobriram que não há indícios do aplicativo ByLock em seu telefone.
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A próxima audiência está marcada para 21 de junho. Se ele for considerado culpado, ele poderá enfrentar até 15 anos de prisão.
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Pressione! Assine a petição e exija justiça para Taner!
AÇÃO URGENTE: Justiça para defensores de direitos humanos na Turquia!
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